domingo, abril 12, 2009
PARIS 36 (Faubourg 36) de Christophe Barratier
Sinopse: Paris, 1936. Os cidadãos da periferia, ou do Faubourg, sofrem mudanças no dia a dia. A Frente Popular vence as eleições e promete a lei das férias pagas, o que entusiasma os trabalhadores. Menos felizes estão três amigos, ligados ao "music-hall" que vai animando os dias e as noites dos arredores, quando lhes é comunicado que o "seu" Teatro, o Chansonia, vai fechar, deixando-os no desemprego. A partir daí é o sonho que comanda a vida do trio: viabilizar a reabertura do Chansonia, com a dificuldade suplementar de ter eclodido a II Guerra Mundial.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
O lado cenográfico e a música, incluindo as canções, bem como o excelente elenco. Uma referência especial para a lindíssima Nora Arnezeder, que canta e encanta como a doce Douce, fazendo lembrar as grandes estrelas da época.
Uma viagem nostálgica aos anos 30 e à tradição do music-hall francês, que faz lembrar os velhos musicais da Judy Garland e do Mickey Rooney, mas aqui com contornos mais dramáticos.
Depois do enorme sucesso do filme Os Coristas, que valeu a Christophe Barratier duas nomeações para os Óscares nas categorias de Melhor Canção Original e Melhor Filme Estrangeiro, o realizador volta ao género musical num filme deslumbrante e enternecedor que nos leva aos bastidores de um pequeno teatro de variedades nos subúrbios de Paris, em 1936.
Passado durante o período em que a Frente Popular esteve no poder e Léon Blum era primeiro-ministro, um período raramente usado como contexto histórico nos filmes franceses, Paris 36 leva-nos a conhecer um grupo de trabalhadores que não partilha do entusiasmo colectivo em relação às novas políticas pois o seu meio de subsistência, o teatro Chansonia, foi encerrado alguns meses antes.
Agora que o desemprego agravou os problemas pessoais de cada um, estes amigos vão ser obrigados a tomar uma posição. Juntos decidem reabrir o Chansonia com um espectáculo inteiramente criado, produzido e interpretado por eles. Apesar de todas as dificuldades que uma tarefa destas proporções implica, o Chansonia reabre as suas portas com uma estrela de luxo, a jovem cantora Douce (Nora Arnezeder) que encanta tudo e todos com a sua voz e beleza.
Reinhardt Wanger e Frank Thomas assinam as canções originais que acompanham as cenas de music hall do filme. Gérard Jugnot volta a brilhar como protagonista num elenco de veteranos que ajuda a levar o filme a bom porto. De realçar também a fantástica montagem assinada por Yves Deschamps e a fotografia de Tom Stern, o director de fotografia habitual dos filmes de Clint Eastwood.
Se gostou de Os Coristas, Paris 36 promete não o desiludir.
Enviar um comentário