segunda-feira, julho 13, 2009
A VALSA COM BAISHIR (Vals im Bashir), de Ari Folman
Sinopse: Uma noite num bar, um velho amigo de Ari Folman conversa com ele sobre um pesadelo recorrente no qual é perseguido por 26 cães enraivecidos. Todas as noites, o mesmo numero de monstros. Os dois homens chegam à conclusão que há uma ligação com o exército israelita, durante a sua primeira missão na primeira guerra do Líbano no início dos anos 80. Ari fica surpreendido pelo facto de já não se lembrar de nada desse período da sua vida. Intrigado por este enigma, decide entrevistar velhos amigos e camaradas por todo o mundo. Ele precisa de descobrir a verdade sobre essa altura e sobre ele próprio. Enquanto Ari se envolve cada vez mais no mistério, a sua memória começa lentamente a despertar imagens surreais…
Data de Exibição: 14/07/2009 - 21H30 - Sala: Cine Teatro Faialense
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3 comentários:
“Valsa com Bashir” é um filme sobre o caráter fugidio da memória humana, sempre pronta para distorcer lembranças e preencher lacunas com falsas verdades, por puro instinto de auto-proteção. Um filme tão raro quanto belo. - Rodrigo Carreiro
Valsa com Bashir é, antes de qualquer outro adjectivo, intemporal. O facto de estar datado e situado em nada o altera. Depois, é cru e humanista e existencialista e freudiano. É uma obra que suga todo o amplexo do ar. Não é uma revelação, porque o mundo já se tem posto a jeito de levar bofetada tamanha e porque já andávamos, desde 1991, avisados da sensibilidade deste realizador israelita a quem chamam Ari Folman. Cannes fartou-se de aplaudir o filme; em Israel foi reconhecidíssimo; e o resto dos cinéfilos estão a aperceber-se e a agir em conformidade.
Valsa com Bashir é um daqueles filmes que me explica por que eu gosto tanto da sétima arte! É um filme que incomoda e deleita, que inquieta e encanta. Essa espécie de documentário de animação do iraniano Ari Folman sobre um fato histórico vivenciado por ele é um libelo contra a memória.
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